Israel bombardeia instalação nuclear de Natanz e destrói centrífugas subterrâneas do Irã, confirma AIEA

Israel bombardeia instalação nuclear de Natanz e destrói centrífugas subterrâneas do Irã, confirma AIEA
jun 18, 2025

Ataques Israelenses Desestabilizam Centro Nuclear de Natanz

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tornou público, em relatório de 17 de junho, que as instalações subterrâneas de enriquecimento de urânio em Natanz, no Irã, foram danificadas diretamente por ataques aéreos de Israel. A confirmação veio através de laudos técnicos, imagens de satélite e a observação in loco dos inspetores da agência, que já haviam detectado danos em parte do sistema elétrico e nos prédios de suporte dedicados à operação do complexo nuclear. Segundo especialistas, pelo menos três impactos explosivos foram registrados exatamente acima das áreas onde ficam as centrífugas subterrâneas, o que pode ter comprometido milhares dessas máquinas essenciais para o programa nuclear iraniano.

A Natanz sempre foi considerada um dos pilares da capacidade do Irã em enriquecer urânio, capaz de processar a matéria-prima a níveis próximos aos utilizados em armamentos. O bombardeio recente não só interrompeu parte das operações, mas também prejudicou a infraestrutura de energia, principalmente subestações elétricas responsáveis por alimentar as centrífugas. Relatos ainda não confirmados acusam novas explosões e ataques posteriores a 16 de junho, sugerindo danos prolongados e de difícil reparo. A AIEA reforçou seu alerta internacional: “instalações nucleares jamais podem ser alvo de operações militares, sob qualquer pretexto”.

Golpes Coordenados e Escalada nas Tensões Regionais

Golpes Coordenados e Escalada nas Tensões Regionais

O ataque a Natanz não ocorreu de maneira isolada. Desde 13 de junho, Israel vem promovendo uma campanha coordenada contra ativos estratégicos iranianos. Esse esforço inclui assassinatos de pelo menos 14 cientistas nucleares e oficiais militares de alto escalão, além de bombardeios a instalações ligadas ao desenvolvimento de mísseis. Um dos alvos mais sensíveis, a Base de Mísseis Tehrani Moghaddam, próxima de Teerã, teve infraestrutura vital severamente destruída no dia 15, segundo as análises detalhadas por satélite. Além disso, fábricas de centrífugas e bases de mísseis na região do Azerbaijão Oriental também foram atacadas, revelando uma clara mudança de foco: Israel está disposto a atingir tanto o programa nuclear quanto as capacidades militares convencionais iranianas.

Neste cenário, o temor internacional cresce ainda mais porque logo após o ataque, o Irã sinalizou publicamente a aceleração de seu programa nuclear, reagindo ao novo quadro imposto por Israel e pela recente resolução do Conselho de Governadores da AIEA, que considera Teerã “não compatível” com as normas de segurança nuclear. Com a escalada, as negociações diplomáticas entre o Irã e as potências internacionais foram abruptamente interrompidas, deixando a porta aberta para mais episódios de conflito militar e instabilidade na região. Com Fordow e o Centro de Tecnologia Nuclear de Esfahan – outros locais nucleares fiscalizados – ainda sem registros de danos, o clima de incerteza aumenta entre analistas, que apontam o risco de um confronto direto muito maior entre Israel e Irã nos próximos meses.

Sr Chemical Plant MV

Sr Chemical Plant MV

Sou jornalista especializado em notícias e adoro escrever sobre temas relacionados ao cotidiano no Brasil. Trabalho em um jornal local, onde cubro os eventos mais importantes do dia a dia.

8 Comentários

  • Giulia Ayumi
    Giulia Ayumi
    junho 19, 2025 AT 03:59

    O povo iraniano tá pagando o pato de novo, enquanto os políticos de lá e de cá jogam xadrez com vidas. Isso aqui não é segurança, é terrorismo disfarçado de estratégia. Eles não querem paz, querem controle. E nós, que só queremos viver em paz, ficamos aqui assistindo o noticiário com o estômago revirado.

  • claudio de souza silva
    claudio de souza silva
    junho 20, 2025 AT 20:12

    Israel tá agindo como se fosse o policial do Oriente Médio... mas sem mandato da ONU, sem consenso, só com F-35 e uns drones caros. 🤡 E a AIEA? Tá lá só pra tirar foto e dizer 'não é bom'. O mundo tá mais desigual que minha conta no banco.

  • Ulisses Alves
    Ulisses Alves
    junho 21, 2025 AT 03:20

    Ah, claro... mais um ataque 'defensivo'... como se matar cientistas e destruir instalações nucleares fosse 'autodefesa' e não terrorismo de estado! E vocês acham que isso vai parar por aí? Não! Isso é só o começo de uma escalada que vai acabar com toda a região em chamas! E quem paga? Sempre os inocentes! Vocês não veem que isso é um ciclo vicioso de ódio? Parem de fingir que são 'justos'! Vocês só são eficientes!

  • Kauan Santos
    Kauan Santos
    junho 21, 2025 AT 04:50

    A integridade das instalações nucleares é um princípio fundamental do direito internacional humanitário. A violação deste princípio por qualquer ator estatal representa um precedente perigoso que pode desestabilizar o regime de não proliferação nuclear global. A ausência de resposta multilateral coordenada fragiliza ainda mais a confiança nas instituições internacionais.

  • Carlos Eduardo Cordeiro
    Carlos Eduardo Cordeiro
    junho 22, 2025 AT 15:58

    Você acha que é só Israel? Cadê os EUA nisso? Cadê a China? Cadê a Rússia? Tudo isso é um show montado. As centrífugas foram destruídas? Talvez. Mas e os dados? E os planos? E os engenheiros que fugiram? Tudo isso foi planejado pra criar uma desculpa pra uma nova guerra. E o pior? Ninguém vai investigar direito. Porque o dinheiro e o poder estão todos no mesmo lado.

  • Daiana Araújo Martins Danna
    Daiana Araújo Martins Danna
    junho 23, 2025 AT 06:38

    A gente precisa de diplomacia, não de bombas. A ciência não é arma, é ferramenta. E o Irã tem direito à energia limpa, assim como qualquer outro país. Essa guerra de poder tá matando o futuro. Não vamos permitir que o medo decida por nós. Vamos exigir paz. Agora.

  • Bruno Taubenfeld
    Bruno Taubenfeld
    junho 24, 2025 AT 07:33

    Pessoal, calma aí... isso tudo é parte de um jogo muito maior. Mas olha: se o Irã quer energia nuclear, que use isso pra gerar luz, não pra fazer bomba. E se Israel quer segurança, que invista em inteligência e alianças, não em destruição. A gente pode ter paz, mas só se todos pararem de achar que o outro é o inimigo. 🤝

  • Josiane Amedon
    Josiane Amedon
    junho 25, 2025 AT 07:19

    É importante lembrar que o programa nuclear iraniano foi inicialmente desenvolvido com apoio internacional durante a era do xá, e que a transformação desse programa em uma ameaça percebida ocorreu progressivamente ao longo de décadas de isolamento, sanções e desconfiança mútua. A destruição física das centrífugas não resolve a raiz do problema, que é a falta de diálogo, transparência e garantias mútuas. Sem um processo diplomático inclusivo, qualquer solução militar será temporária e gerará novas crises. A história mostra que a coerção raramente gera segurança duradoura, apenas ressentimento e repetição de ciclos de violência. É preciso voltar à mesa de negociações, mesmo que seja difícil, mesmo que pareça impossível. Porque o custo da guerra, em vidas humanas, em recursos, em estabilidade regional, é sempre muito maior do que o custo da diplomacia.

Escreva um comentário