OAB-RJ denuncia juiz Bretas ao CNJ por vender coaching usando status da Lava Jato

OAB-RJ denuncia juiz Bretas ao CNJ por vender coaching usando status da Lava Jato
jun 4, 2025

OAB-RJ pede ação urgente contra Bretas no CNJ

O clima de tensão entre a OAB-RJ e o juiz federal Marcelo Bretas escalou de vez. No começo de fevereiro de 2025, a seccional carioca da Ordem levou ao CNJ uma denúncia pesada contra o magistrado, acusando-o de usar seu nome de juiz – e a fama conquistada na Lava Jato – para lucrar vendendo cursos, mentorias e conteúdos pagos em redes sociais. O alvo principal: o influente perfil de Bretas no Instagram, que soma mais de 500 mil seguidores e virou vitrine de programas como o polêmico 'Método o Quarto Poder'.

Pelos prints apresentados na denúncia, Bretas se apresenta como “coach”, “palestrante” e “professor”, sempre fazendo questão de lembrar o status de juiz federal que conduziu fases emblemáticas da operação. Nos vídeos, convida seguidores a aprender “comunicação impactante”, “posicionamento de autoridade” e promete “transformação de carreira”. Os valores cobrados por newsletters exclusivas e membros em comunidades fechadas não são baixos. A OAB-RJ destacou: tudo isso representa uso comercial da imagem de magistrado, estritamente proibido pelas regras do conselho e pela ética da magistratura.

Judiciário pressiona e futuro de Bretas fica incerto

Judiciário pressiona e futuro de Bretas fica incerto

O pedido da OAB-RJ é robusto: suspender imediatamente todos os perfis sociais de Bretas, abrir investigação disciplinar urgente e, não bastasse, solicitar a demissão definitiva dele do quadro de juízes. Para reforçar o argumento, a entidade citou um precedente recente: o CNJ já mandou outro juiz suspender suas redes por infração parecida, mostrando que a Justiça não costuma ser leniente com quem mistura toga com negócios particulares.

Apesar de estar afastado da função desde fevereiro de 2023 – devido a outros processos em curso – Bretas segue recebendo salário de juiz e continua ativo no Instagram, usando estratégias típicas do mundo digital para vender suas mentorias e cursos. Nos stories e publicações, o apelo é direto ao público que sonha com autoridade, crescimento profissional e técnicas “usadas por quem conhece os bastidores do poder”. Para a diretoria da OAB-RJ, a situação é clara: Bretas explora, de forma aberta, a postura de magistrado para conquistar relevância extra e faturar em cima de quem o segue por sua trajetória judicial.

Bretas até chegou a ser notificado pelas autoridades para remover conteúdos ligados ao coaching em suas páginas virtuais, mas até o início de fevereiro ainda não havia uma sentença definitiva sobre o caso. A pressão deve crescer, já que a repercussão do episódio coloca o debate sobre ética, exposição na internet e limites do cargo de juiz em evidência entre advogados, magistrados e o próprio público.

Sr Chemical Plant MV

Sr Chemical Plant MV

Sou jornalista especializado em notícias e adoro escrever sobre temas relacionados ao cotidiano no Brasil. Trabalho em um jornal local, onde cubro os eventos mais importantes do dia a dia.

12 Comentários

  • Gabriela Prates
    Gabriela Prates
    junho 5, 2025 AT 06:06

    É surreal ver alguém usando o peso de uma função pública pra vender curso de ‘autoridade impactante’. A OAB tá certa, isso é abuso de poder disfarçado de empreendedorismo. Se o cara quer ser coach, que se demita primeiro. Não pode ser juiz e influencer ao mesmo tempo - é conflito de interesse na veia.

  • Gerson Júnior
    Gerson Júnior
    junho 7, 2025 AT 04:55

    Art. 37, § 6º da CF: proibição de atividade remunerada paralela para magistrados. Bretas viola o princípio da moralidade. Não há ambiguidade.

  • Leonardo Araújo
    Leonardo Araújo
    junho 8, 2025 AT 17:55

    É tipo o Goku ensinando kamehameha... mas sendo um ninja da Justiça 😅

  • fernando almeida
    fernando almeida
    junho 10, 2025 AT 03:05

    Se você quer ser rico, saia da toga. Ninguém te obriga a ser juiz. Mas se tá recebendo salário público e vendendo coaching? Isso é ladrão disfarçado de herói. Parou de julgar? Então para de vender mentira. O povo tá cansado disso.

  • William Primo
    William Primo
    junho 11, 2025 AT 18:00

    !!!A OAB é uma organização corrupta que protege advogados incompetentes!!! Bretas é um herói que desmascarou a corrupção!!! Ele NÃO está vendendo coaching - ele está TRANSFORMANDO vidas com o conhecimento que só ele tem!!! Se você não entende isso, é porque é um desinformado da esquerda!!!

  • Matheus Soares
    Matheus Soares
    junho 12, 2025 AT 19:40

    Interessante como a gente aceita que alguém com poder de julgar também tenha poder de vender. Será que o mesmo critério se aplica a professores universitários? Ou a médicos que fazem consultas privadas? Talvez o problema não seja o coaching, mas o uso da imagem institucional. O que vocês acham?

  • Camila Lima Manoel
    Camila Lima Manoel
    junho 14, 2025 AT 05:36

    Claro, o cara tem 500 mil seguidores e vende curso de ‘posicionamento de autoridade’... e vocês se surpreendem? Isso é o que o Brasil quer: um juiz que vira guru. Aí a OAB vem com essa moralzinha de 1950. Pobre, né?

  • Natanael Almeida
    Natanael Almeida
    junho 15, 2025 AT 19:15

    Isso é um escândalo nacional. Ele tá roubando a confiança do povo. Juiz não é youtuber. Ele tá usando a Lava Jato como moeda de troca. Se ele não for demitido, o Judiciário perde toda credibilidade. E se alguém tentar defender isso, é porque tá comprado.

  • Alexandre Alê
    Alexandre Alê
    junho 15, 2025 AT 19:30

    Alguém acha que isso é só um caso isolado? A OAB tá sendo usada como cortina de fumaça... O verdadeiro objetivo é silenciar quem expõe o sistema. Bretas tá na mira porque ele sabe demais. Os caras que mandam nos bastidores não querem que o povo saiba como tudo funciona. E agora ele tá vendendo isso? Isso é perigo real.

  • Vanessa Borges
    Vanessa Borges
    junho 16, 2025 AT 02:54

    Eu entendo o ponto da OAB, mas também acho que o juiz tem direito de usar sua experiência pra ajudar outras pessoas - desde que não use o cargo. Se ele parou de atuar e só usa o nome como referência, talvez seja um limite tênue, mas não necessariamente ilegal. O que precisa é de regulamentação clara, não só punição.

  • MELINA Lima
    MELINA Lima
    junho 16, 2025 AT 22:57

    Na África, os anciões ensinam com histórias. Aqui, o juiz vende vídeo. Mas se ele tá ajudando gente a crescer, por que o ódio? Talvez o problema seja a gente não saber diferenciar autoridade de autoritarismo.

  • fernando almeida
    fernando almeida
    junho 17, 2025 AT 19:46

    Vanessa, você tá tentando suavizar o que é um crime ético. Se ele tá recebendo salário de juiz e vendendo curso com o título ‘ex-juiz da Lava Jato’, tá usando o nome da instituição pra ganhar grana. Isso não é experiência, é exploração. E se ele fosse um professor de escola pública fazendo isso? Seria tolerado? Não. Então por que aqui é diferente?

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