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US Open 2025: Alcaraz domina, Djokovic resiste e semifinal dos sonhos está marcada

US Open 2025: Alcaraz domina, Djokovic resiste e semifinal dos sonhos está marcada

Semifinal dos sonhos confirmada em Nova York: Carlos Alcaraz contra Novak Djokovic. O espanhol voltou a acelerar no momento certo, o sérvio sobreviveu a mais um teste de resistência, e a Arthur Ashe já se prepara para uma noite que promete barulho, tensão e tênis de altíssimo nível no US Open 2025.

Alcaraz impõe ritmo de campeão e volta à semi em Nova York

Com 22 anos e uma autoconfiança que lembra veteranos, Alcaraz passou por Jiri Lehecka por 6-4, 6-2, 6-4 e deixou claro que o piso duro de Nova York continua sendo o seu território favorito. Teve espetáculo: bola curta na medida, passadas em velocidade, respostas profundas e, claro, a conexão com o público da Ashe — dedo em riste, mão no ouvido, e a arquibancada foi junto. Desde o título de 2023, ele não alcançava uma semifinal de Major em quadra dura; agora, está de volta ao palco principal.

O placar expressivo explica a diferença de ritmo. Lehecka tenta jogar no fio da navalha, mas quando não entra na frente do ponto contra Alcaraz, o preço é alto. O espanhol acelerou na devolução, abriu espaço com a variação de altura e peso de bola e não precisou alongar demais as trocas. Quebra cedo, domínio no meio do set e gestão de energia na reta final — roteiro frio e eficiente.

Há um dado que ajuda a dimensionar o momento: esta é a nona semifinal de Grand Slam de Alcaraz antes dos 23 anos. Só Rafael Nadal, com 10, teve mais nesse recorte de idade. O número não é só um enfeite estatístico; ele mostra consistência em todos os contextos, algo raro para alguém tão jovem. Fisicamente inteiro, mentalmente afiado, ele chega à sexta-feira com a sensação de que está exatamente onde planejou estar.

Djokovic resiste a Fritz e reacende a rivalidade com o espanhol

Djokovic resiste a Fritz e reacende a rivalidade com o espanhol

Do outro lado, Djokovic precisou suar por 3 horas e 24 minutos para conter Taylor Fritz: 6-3, 7-5, 3-6, 6-4. Foi uma partida de margens estreitas, definida nos detalhes que geralmente pesam a favor do sérvio. Fritz teve 13 chances de quebra e só aproveitou duas. No primeiro set, desperdiçou cinco break points que mudariam a história do jogo, porque o deixariam em 5-4 com saque. Em vez disso, viu Djokovic ajustar a devolução e assumir o controle da parcial.

O momento-chave veio no fim: match point no décimo game do quarto set, e uma dupla falta do americano selou a classificação do número 1 histórico em títulos de Major. Aos 38 anos, Djokovic segue perseguindo o 25º troféu de Slam, ampliando uma coleção que já parecia inalcançável. Não foi brilhante do começo ao fim, mas foi o suficiente — firme quando pressionado, preciso nas devoluções nos pontos grandes e sem medo de alongar as trocas para esvaziar a potência de Fritz.

Agora, o capítulo que todos queriam: Djokovic x Alcaraz na semifinal de sexta. É um confronto que carrega histórias recentes pesadas. Em janeiro, o sérvio derrubou o espanhol nas quartas do Australian Open. Em Paris, levou a melhor de novo, desta vez pelo ouro olímpico. Ao mesmo tempo, a memória coletiva guarda dois marcos em sentido oposto: Wimbledon 2023, com a virada épica de Alcaraz na grama, e a decisão de Cincinnati do mesmo ano, quando Djokovic venceu um dos jogos mais intensos da temporada.

O que esperar? Alcaraz tenta acelerar a primeira bola, usar a deixadinha para tirar Djokovic da zona de conforto e abrir a quadra com ângulos curtos. Quando domina a linha de base, a transição à rede vira arma. Djokovic, por sua vez, costuma travar a partida na frieza: devoluções baixas nos pés, variação de saque no corpo para quebrar o ritmo do espanhol e insistência na profundidade para atrasar a preparação do forehand rival. Se a noite estiver rápida, a chave para Alcaraz é empilhar primeiros serviços; se a quadra estiver mais lenta, Djokovic vai gostar de alongar ralis e testar a paciência do jovem campeão.

Há também o fator atmosfera. A Arthur Ashe pede espetáculo e premia quem assume o risco. Alcaraz cresce quando sente a multidão no ombro. Djokovic, veterano de mil batalhas, costuma transformar hostilidade em combustível. O equilíbrio pode ficar nos pontos de pressão: 30-30, 4-4, break point contra. É nesse espaço minúsculo que os dois têm construído a rivalidade — um duelo que, a cada encontro, parece empurrar o tênis para padrões técnicos e mentais ainda mais altos.

No feminino, Aryna Sabalenka avançou às semifinais sem sequer bater bola, beneficiada pela desistência da adversária. É uma boa notícia para quem joga no limite da potência: mais um dia de descanso dá tempo para ajustar o saque e a perna de base, que sustentam seu jogo agressivo. Campeã vigente em Nova York, ela chega com combustível extra para uma reta final em que a margem de erro costuma despencar.

Em termos de roteiro, o torneio tem tudo o que um Slam pede na penúltima estação: uma estrela em ascensão que joga com pressa de fazer história, um gigante que não se cansa de ampliá-la, e uma campeã que se mantém viva com a energia lá em cima. Sexta-feira promete arquibancada cheia, trocas longas, bolas milimétricas na linha e a sensação de que qualquer vacilo pode custar caro. Nova York adora esse clima. Os jogadores também.

Sr Chemical Plant MV

Sr Chemical Plant MV

Sou jornalista especializado em notícias e adoro escrever sobre temas relacionados ao cotidiano no Brasil. Trabalho em um jornal local, onde cubro os eventos mais importantes do dia a dia.

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