Bournemouth e Newcastle empatam sem gols na Premier League

Domínio da posse e falta de gols
Em 21 de setembro de 2025, o Vitality Stadium recebeu um duelo que acabou sem gols entre Bournemouth e Newcastle United. A parada de jogo trouxe uma mistura de frustração e alívio: os donos da casa controlaram a partida, mas não conseguiram balançar as redes, enquanto os visitantes mantiveram a defesa firme.
Os números falam alto: o Bournemouth ficou com 56% de posse de bola, enquanto o Newcastle nasceu com 44%. Mesmo com mais tempo de ataque, os Cherries só conseguiram 10 finalizações, das quais duas foram a gol. O time de Eddie Howe não ficou atrás em termos de precisão – também registrou duas remates a gol – mas disparou menos vezes ao todo.
Nos escanteios, o domínio do Bournemouth foi evidente, ao somar cinco cantos contra apenas dois do Newcastle. A vantagem nas bolas paradas, porém, não se traduziu em perigo real. Ambas as equipes foram eficientes nas poucas oportunidades, mas a falta de criatividade nas áreas finais impediu que a bola cruzasse a linha.
Um detalhe que chamou a atenção foi a taxa de dribles bem-sucedidos: o Newcastle alcançou 59% de sucesso, quase duas vezes mais que os 31% do Bournemouth. Esse número refletiu a estratégia dos “Magpies” de explorar contra‑ataques rápidos, mesmo gastando menos tempo com a bola.
No campo tático, o Bournemouth tentou impor seu estilo de posse, construindo jogadas a partir da defesa e avançando pelos flancos. No entanto, o bloco defensivo bem organizado de Newcastle logo aprontou, fechando os espaços entre as linhas e forçando o time da costa sul a recorrer a chutes de longa distância pouco ameaçadores.
A primeira chance clara surgiu quando David Brooks, com um toque de calcanhar inesperado, liberou Tyler Adams dentro da área. Adams bateu firme, mas o goleiro Nick Pope fez uma defesa reflexa que manteve o placar zerado.
Do lado dos visitantes, o ataque se mobilizou no lado direito. Sandro Tonali recebeu a bola, girou e encontrou Jacob Murphy em uma posição desconfortável, mas o chute saiu de um ângulo difícil e foi fácil de manejar para Pope.
Na escalação inicial, os treinadores fizeram mudanças robustas. Eddie Howe divulgou sete alterações em relação ao último confronto, que havia sido contra o Barcelona na Champions League – uma partida que exigiu rotação. Por outro lado, o Bournemouth alinhou Alex Jiménez como lateral‑direito pela primeira vez na Premier League, enquanto Malick Thiaw estreou como zagueiro central pelo Newcastle.
Os substitutos falaram mais alto na segunda etapa. O Bournemouth recorreu a James Hill na hora do intervalo, e depois trouxe Justin Kluivert e Ryan Christie aos 63 minutos. O Newcastle respondeu com Harvey Barnes e Anthony Elanga, que entraram aos 62 minutos, seguidos de Jamaal Lascelles e Will Osula nos 84. Para facilitar a leitura, segue a lista resumida:
- Bournemouth: James Hill (30'), Justin Kluivert (63'), Ryan Christie (63')
- Newcastle: Harvey Barnes (62'), Anthony Elanga (62'), Jamaal Lascelles (84'), Will Osula (84')
Quanto à disciplina, o jogo foi relativamente limpo. Alex Jiménez recebeu o primeiro cartão amarelo já no primeiro tempo, enquanto Malick Thiaw levou o mesmo aviso aos 77 minutos. Não houve expulsões nem confrontos físicos marcantes.
Depois da partida, os comandantes deram suas versões. Eddie Howe, frustrado, comentou: “Estamos cansados de não conseguir terminar as jogadas, mas a defesa está a ponto. Precisamos ser mais incisivos nos últimos metros.” Andoni Iraola, à frente do Bournemouth, reconheceu a falta de clareza ofensiva: “Controlamos bem o jogo, mas a criatividade faltou. Vamos trabalhar nos treinos para transformar posse em gol.”
A reação da torcida foi um misto de aplausos e suspiros. Os fãs do Bournemouth cantaram o hino do clube ao final, mas também levantaram cartazes pedindo mais risco no ataque. Do lado de Newcastle, os torcedores vibraram com as intervenções de Pope, mas lamentaram a ausência de gols, ecoando o sentimento de “faltou faísca”.

Desdobramentos e próximos desafios
O empate deixa o Bournemouth firme na quinta colocação, somando 10 pontos em cinco jogos – a melhor campanha da temporada até agora. O time de Iraola ainda ostenta o maior número de gols sofridos zerados, três clean sheets, o que reforça a solidez defensiva. Contudo, o fato de não ter marcado nos últimos dois compromissos levanta dúvidas sobre a capacidade de transformar a posse em oportunidades reais.
Do outro lado, o Newcastle permanece na 13ª posição, com seis pontos. A equipe de Howe tem sido difícil de balançar nas costas, acumulando quatro jogos sem levar gol. Mas a falta de gols (apenas três nos últimos cinco confrontos) tem puxado a classificação. O técnico acredita que a base defensiva pode ser a plataforma para reconstruir o ataque.
Nos próximos compromissos, o Bournemouth encara o Manchester City em casa, um teste que exigirá mais penetração nos espaços apertados da defesa de Pep Guardiola. Já o Newcastle tem um duelo fora de casa contra o West Ham United, onde a velocidade nos contra‑ataques pode ser decisiva para quebrar a muralha defensiva dos londrinos.
Para lidar com a necessidade de mais gols, Iraola pode apostar em trocas táticas, colocando Kluivert mais avançado e liberando o lado direito para jogadores como Adam Smith para cruzamentos. No Newcastle, Howe pode considerar a entrada de um centroavante mais físico, ao lado de Murphy, para dar mais presença no ponto de ataque.
Enquanto isso, o mercado de transferências ainda está aberto, e ambos os clubes podem buscar reforços. O Bournemouth tem sondado a ideia de contratar um atacante que ofereça mobilidade e finalização, enquanto o Newcastle tem aviso de interesse em laterais ofensivos que ajudem nas transições rápidas.
Em suma, o empate sem gols trouxe mais perguntas do que respostas. O futuro imediato de ambas as equipes dependerá da capacidade de traduzir a solidez defensiva em clareza ofensiva, antes que a temporada avance e a pressão dos resultados aumente.
Sr Chemical Plant MV
Sou jornalista especializado em notícias e adoro escrever sobre temas relacionados ao cotidiano no Brasil. Trabalho em um jornal local, onde cubro os eventos mais importantes do dia a dia.