Cirurgia Bariátrica: Guia completo para quem quer emagrecer com saúde

Se você está cansado de dietas que não funcionam e quer uma solução mais efetiva, a cirurgia bariátrica pode ser a resposta. Não é uma decisão leve, mas entender o que acontece, quem pode fazer e quais são os resultados ajuda a tirar a névoa do assunto.

Quem pode fazer a cirurgia bariátrica?

Primeiro ponto: a cirurgia não é para todo mundo. Geralmente, médicos recomendam quando o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de 40, ou entre 35 e 39,9 se houver doenças graves relacionadas ao peso, como diabetes tipo 2 ou hipertensão. Também é preciso ter idade mínima de 18 anos e estar disposto a mudar hábitos alimentares depois do procedimento.

Além dos números, sua saúde mental conta muito. Quem tem depressão ou transtornos alimentares não tratados pode enfrentar complicações. Por isso, antes de marcar a operação, a equipe costuma fazer avaliações psicológicas e nutricionais.

Tipos de procedimentos e como escolher

Existem algumas técnicas populares. A mais conhecida é o by-pass gástrico, que cria um pequeno estômago e desvia parte do intestino. Isso reduz a quantidade de comida que cabe e a absorção de calorias. Outra opção é a gastrectomia vertical (sleeve), que corta o estômago em forma de tubo, limitando o volume sem mudar o intestino.

Tem ainda a banda gástrica ajustável, que coloca uma faixa ao redor do estômago e pode ser regulada. Essa é reversível, mas costuma ter mais ajustes pós‑operação. Cada cirurgia tem prós e contras: o by-pass costuma gerar maior perda de peso, mas tem risco maior de deficiência de nutrientes; o sleeve tem recuperação mais rápida, porém o ganho de peso pode ocorrer se a dieta for descuidada.

Para escolher, converse com um cirurgião experiente, leve seu histórico de saúde e considere seu estilo de vida. Alguns pacientes preferem um procedimento menos invasivo, enquanto outros buscam a maior perda de peso possível.

Depois da cirurgia, a mudança não para. Você vai precisar de acompanhamento nutricional por, no mínimo, um ano. As primeiras semanas são de dieta líquida, depois alimentos pastosos e, finalmente, refeições normais em porções pequenas.

É comum sentir sede, náuseas ou até uma leve dor abdominal nos primeiros dias, mas complicações graves são raras quando o procedimento é feito por equipe qualificada. Sinais de alerta incluem febre alta, vômito persistente ou dor intensa; nesses casos, procure o médico imediatamente.

Os resultados costumam aparecer nos primeiros seis meses. Muitos pacientes perdem entre 20% a 30% do peso corporal, o que traz melhora significativa em pressão arterial, colesterol e controle da glicemia. Isso pode significar menos remédios e mais qualidade de vida.

Mas não se engane: a cirurgia não é uma varinha mágica. O sucesso depende da sua disposição em adotar novas rotinas, como comer devagar, mastigar bem e evitar alimentos ricos em açúcar e gordura. O suporte de familiares e grupos de apoio também faz diferença.

Se você está pensando em cirurgia bariátrica, marque uma consulta com um centro especializado, peça para conhecer pacientes que já passaram pelo procedimento e tire todas as suas dúvidas. Informação e preparação são os melhores aliados para alcançar o peso desejado de forma saudável.