Corinthians avança às semifinais da Copa do Brasil 2025 com vitória por 3 a 0 sobre o Athletico-PR

O Sport Club Corinthians Paulista voltou a escrever sua história na Copa Betano do Brasil 2025 com uma performance sólida e contundente. Depois de vencer por 1 a 0 na Arena da Baixada, em Curitiba, no dia 27 de agosto, e por 2 a 0 na Neo Química Arena, em São Paulo, no dia 10 de setembro, o time alvinegro garantiu a classificação às semifinais com um agregado de 3 a 0 sobre o Club Athletico Paranaense. A vitória não foi apenas técnica — foi simbólica. Pela primeira vez em décadas, o Corinthians avança à fase final sem precisar de pênaltis, sem sofrer gols e com um jovem atacante que está virando referência: Guilherme dos Santos Rodrigues, o Gui Negão.

Um gol e uma defesa que decidiram a ida

Na partida de ida, sob chuva fina e um público de 38.421 torcedores na Arena da Baixada, o jogo começou tático, quase engasgado. As duas equipes se respeitavam, mas o Corinthians, com mais posse e inteligência de movimento, foi quem criou as melhores chances. Aos 58 minutos do segundo tempo, Gui Negão recebeu passe de Lucas Paquetá, cortou para dentro da área e finalizou com precisão, encobrindo o goleiro Matheus. O gol, seu terceiro consecutivo como titular, foi celebrado como um sinal de que o time paulista tinha um novo líder no ataque. O Athletico-PR teve um gol anulado pelo VAR após uma intervenção do árbitro Edina Alves Batista, que anulou um tento de Dudu por impedimento. Foi um momento decisivo — e o goleiro Hugo Souza, de 26 anos, fez duas defesas espetaculares nos últimos dez minutos, incluindo um tapão de braço em chute de perto. O técnico Dorival Silvério de Jesus Júnior, de 62 anos, viu seu time fechar o jogo com disciplina. Já Odair Hellmann, de 57 anos, foi expulso por protestar contra a anulação do gol, deixando o Athletico sem seu principal estrategista para o jogo de volta.

Na volta, o Corinthians fechou com autoridade

Na Neo Química Arena, em frente a 47.180 torcedores — muitos vestindo camisas de 1990 e 2009, lembrando os títulos antigos — o Corinthians entrou com foco em não correr riscos. E não correu. O primeiro gol veio aos 23 minutos do primeiro tempo: Guilherme dos Santos Rodrigues fez a jogada, tocou para Fellipe Bastos, que cruzou na área, e Rafael Vaz desviou com a cabeça. O segundo veio aos 38 minutos, após contra-ataque rápido: Lucas Paquetá driblou dois marcadores e passou para Gabriel Menino, que finalizou com efeito. O Athletico-PR, agora sob o comando interino de Fábio Moreno, de 48 anos, não teve resposta. O time paranaense, que vinha de três vitórias seguidas na Série B, parecia desorientado. Sem Hellmann, sem gols, sem sorte. A derrota confirmou um histórico: nunca, em 12 confrontos anteriores na Copa do Brasil, o Athletico-PR havia eliminado o Corinthians.

Um time que respira confiança

O Corinthians, fundado em 1910 por operários da Companhia Corinthians Paulista, está vivendo um renascimento. Depois de um início de ano irregular, com empates contra Palmeiras e Flamengo, a equipe encontrou identidade na Copa. Gui Negão, de apenas 18 anos, não só marcou três gols seguidos como se tornou o artilheiro do time na competição. O técnico Dorival, que já comandou o time em 2021, voltou com uma proposta clara: defesa organizada, transição rápida e ataque por profundidade. E funcionou. O time só sofreu um gol em toda a campanha até as quartas — e foi em jogo já decidido.

O que vem agora? O duelo que o Brasil espera

Nas semifinais, o Corinthians enfrentará o vencedor do confronto entre Cruzeiro Esporte Clube e Clube Atlético Mineiro. Na partida de ida, disputada na Arena MRV, em Belo Horizonte, o Cruzeiro venceu por 2 a 0. A partida de volta está marcada para o dia 17 de setembro, e a classificação será definida na sequência. A Confederação Brasileira de Futebol ainda não divulgou as datas das semifinais, mas a expectativa é que o primeiro jogo entre Corinthians e vencedor do clássico mineiro ocorra na Neo Química Arena até o dia 25 de setembro.

Um título que falta desde 2009

O Corinthians tem o título da Copa do Brasil como a grande ausência em seu currículo moderno. O último foi em 2009, quando venceu o Fluminense por 3 a 1 no agregado, com gols de Alessandro e Ademilson. Desde então, chegou às semifinais outras quatro vezes — mas nunca passou. Em 2016, perdeu para o Palmeiras nos pênaltis. Em 2020, foi eliminado pelo Grêmio. Agora, com um elenco equilibrado, um técnico experiente e um jovem centroavante em ascensão, o clube tem uma chance real de conquistar o título após 16 anos. E não é só questão de troféu. É questão de identidade. O Corinthians, que viveu tempos de crise financeira e desgaste de torcida, precisa de um título nacional para recolocar o nome no mapa do futebol brasileiro.